Dica de leitura: Rainha da Moda, de Caroline Weber

Essas férias foram as mais insconstantes em questão de livros. Eu cheguei a ler uns 4 ao mesmo tempo(não na mesma hora, mas enfim...vocês entenderam....), e esse foi um deles.

Esse ainda é um dos livros comprados na época da Feira Pan-Amazônica do Livro, e eu esperei bastante p/ ler. Foi o mais caro(72 reais...='( ), mas paguei conformada, porque queria muito ler esse livro. Um livro em que o foco é as roupas da Maria Antonieta? Tem que ser muuuuuuuito interessante! E as expectativas não foram frustradas. Ele é fartamente baseado em documentos históricos e livros sobre a rainha, e tem váááárias imagens, o que é fundamental.

Não pense em romance, please. Ele é uma biografia não romanceada, que não se torna monótona pelo simples fato de que vem muito bem fornida de fofocas palacianas(adooooooooooooooooro!). Gostei do jeito que flui depois que você se habitua a ler as várias referências presentes no meio do livro ao final do capítulo. Este foi o meu jeito de ler ar referências. Você pode ignorá-las, elas apenas acrescentam algo texto, mas as vezes esse algo é um fato interessante, então recomendo que não deixem de ler!

Enfim...o livro dá uma desmistificada na figura da Maria Antonieta, mostra ela de uma forma mais humana. E, acima de tudo, mostra que a moda, antes de ser uma futilidade da rainha, era uma forma de se afirmar numa corte que não era acostumada com rainhas atuantes (papel esse das amantes reais), e que delegava a ela apenas o posto de mãe do futuro rei.Não vou dar a ela o rótulo de feminista, isso seria demais, mas sabe? Ela tentou, do seu modo, mostrar poder. E, cá entre nós, ela conseguiu. Me diga, sem olhar no Google, o nome de outra rainha francesa.

Agora, minha reclamação: eu queria que tivessem mais imagens dos famigerados poufs, penteados monumentais que era moda na corte francesa. Ela descreve vários, e ainda assim, eu fico imaginando como diabos aquilo ficava na cabeça daquelas pobres? Ela conta no livro que foi criado pentes p/ coçar a cabeça das mulheres com o penteado(naquele monte de cabelo, abundavam piolhos e afins...¬¬), e que, para dormir, o cabelo era enrolado em panos, e pilhas de travesseiros providenciavam para que a cabeça não se inclinasse demais, e o penteado sobrevivia p/ ver o novo dia.

Acredita que ia até farinha de trigo na feitura desse penteado??

Ahhh, e sabe a fala atribuida a ela: "Que comam brioches"? Já foi citada em uma obra de Rousseu quando ela tinha apenas 10 anos, quando ela nem era delfina. Então, mais do que provado: ela não falou isso!

Para quem quiser mais, pode entrar no site do livro, onde tem até um trecho disponível para download, e link para compra do livro em vários sites como a Saraiva e a Submarino.